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Cidades da Chapada estão entre as 10 com maior incidência de dengue da Bahia



Redação: Correio 24h

O mosquito Aedes aegipty tem sido uma grande preocupação para a Bahia, onde os casos de dengue cresceram 134%. A cidade de Feira de Santana, por exemplo, vive um surto e já detectou um caso de morte por dengue hemorrágica. Alguns municípios estão em alerta. Em Salvador, os números reduziram, mas seis bairros nobres têm alto risco de infestação.

Recanto de turistas, sobretudo durante o Verão, as cidades de Lençóis e Palmeiras, na Chapada Diamantina, estão entre os dez municípios da Bahia com maior incidência de dengue este ano. Principal destino da região, Lençóis, que tem 11 mil habitantes, já teve 62 casos suspeitos de dengue este ano e está com Coeficiente de Incidência de 547,9.

Arte/Correio 24h


Em Palmeiras, cidade conhecida por ser o principal acesso para o Vale do Capão, um dos principais destinos da Chapada, os casos suspeitos de dengue chegaram a 16 este ano. De acordo com a Sesab, o município de nove mil habitantes está com Coeficiente de Incidência de 178,6. Nos dois casos, moradores locais atribuem o problema da dengue à água parada próximo às cachoeiras.

“Esses locais são muito cheios de pedras e quando chove ocorre de ficar água empossada, não é nem descuido de morador ou turista, é algo que, de certa forma, pra evitar é difícil”, disse o guia turístico Marlos Santos de Oliveira, 37.
O prefeito de Lençóis, Marcos Airton Alves de Araújo (PRB), disse que está em parceria com a Sesab.

“O carro fumacê já está passando de madrugada nas áreas da cidade e de dia na zona rural”, afirmou.
Os 32 agentes de endemias também estão atuando junto à população para fazer trabalhos educativos. No Verão, a cidade recebe de 8 a 10 mil turistas por dia. O prefeito recomenda o uso de repelentes, sobretudo na zona rural.

Dicas básicas para manter o mosquito afastado:

1. Deixe tudo tampado (ventos tiram as tampas das caixas d’águas do lugar).
2. Lembre-se de colocar areia nos vasos.
3. Verifique o quintal e tenha atenção com o lixo.
4. Retire a água dos pneus velhos.
5. Deixe latas e garrafas bem guardadas.
6. Cuide das piscinas e caixas d’águas.
7. Utilize telas de proteção.
8. Coloque desinfetante nos ralos.
9. Atenção com potes de água dos animais e aquários.
10. Use repelentes e inseticidas.

Principais sintomas e complicações de cada doença

Dengue

Das três arboviroses, ela é a mais conhecida e antiga no Brasil. Os sintomas são febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Nos casos graves, o doente também pode ter sangramentos no nariz e gengivas, dor abdominal, vômitos persistentes, sonolência, irritabilidade, hipotensão e tontura. Ao surgirem os sintomas, o paciente deve procurar atendimento médico. Geralmente, as recomendações são ficar de repouso e ingerir bastante líquido.

Chikungunya 

De acordo com o Ministério da Saúde, os primeiros casos da doença no Brasil apareceram em setembro de 2014 em Oiapoque, no Amapá. O principal sintoma é a dor nas articulações de pés e mãos, que é mais intensa do que nos quadros de dengue. Além disso, causa também febre repentina acima de 39 graus, dor de cabeça, dor nos músculos e manchas vermelhas na pele. Segundo o MS, as mortes são raras e cerca de 30% dos casos não chegam a desenvolver sintomas. Para tratar é preciso ficar de repouso e consumir bastante líquido. Não é recomendado usar o ácido acetil salicílico (AAS) devido ao risco de hemorragia.

Zika 

Pacientes com essa doença apresentam febre mais baixa que a da dengue e chikungunya, olhos avermelhados e coceira característica. Normalmente a zika não causa morte, e os sintomas não duram mais que sete dias, mas vale ressaltar que ela relaciona-se com uma síndrome neurológica que causa paralisia, a Síndrome de Guillain-Barré, e também com casos de microcefalia. O paciente infectado pelo zika também pode apresentar diarreia e sinais de conjuntivite. Assim como nas outras viroses, o tratamento consiste em repouso, ingestão de líquidos e remédios que aliviam os sintomas e que não contenham AAS.

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