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Base aliada do governo teme racha durante eleições para presidência da Assembleia

Foto: © Web Interativa

Jairo Costa Júnior (jairo.junior@redebahia.com.br)


Cardeais da base aliada na Assembleia aconselharam a articulação política do Palácio de Ondina a manter distância total da eleição para o comando da Casa. Em conversas recentes, alertaram sobre a alta probabilidade de racha na bancada da maioria caso o governador Rui Costa (PT) interfira na disputa travada por três candidatos já posicionados no páreo: o atual presidente, Marcelo Nilo (PSL), e os deputados estaduais Luiz Augusto (PP) e Ângelo Coronel (PSD). Com a disputa apertada, afirmaram os líderes governistas, qualquer gesto de apoio de Rui a um deles pode deflagrar o processo de debandada de legendas divididas entre permanecer no arco petista, criar uma terceira via de poder ou aderir à ala oposicionista. “O melhor que o governo tem a fazer é se afastar da sucessão. Se apoiar Nilo, vai irritar os padrinhos de Coronel e Augusto, o senador Otto Alencar (PSD) e o deputado federal Ronaldo Carletto (PP), e colocar duas grandes siglas no colo dos oposicionistas. Como na música de Tim Maia, tem gente esperando só motivo pra ir embora”, declarou um parlamentar influente da base.
Cruz e caldeira
Independente da postura de Rui Costa na sucessão da Assembleia, deputados governistas estão certos de que o petista caiu em uma sinuca de bico difícil de escapar. Se assumir publicamente a defesa do sexto mandato de Marcelo Nilo, corre risco de virar sócio da derrota. O cenário atual, apontaram líderes da base aliada, é desfavorável a Nilo. Sobretudo 
porque, além de terem a simpatia da oposição, Ângelo Coronel e Luiz Augusto fecharam acordo para unificar as candidaturas em janeiro. Dos dois, ganha a vaga quem tiver maior musculatura às vésperas da votação, marcada para início de fevereiro. Por outro lado, abandonar Nilo à própria sorte vai fortalecer o PP e o PSD no xadrez político para 2018. Ainda mais numa eventual vitória do pupilo de Otto Alencar, que cogita voar sem a rota traçada pelo Palácio de Ondina. 

Stand by

Em ação paralela, o prefeito ACM Neto (DEM) se reuniu ontem com a oposição na Assembleia e orientou a bancada a  deixar sua tropa de deputados fora da frente de batalha. A ordem é monitorar os próximos movimentos de dentro do quartel e só definir o apoio a um dos candidatos quando o horizonte estiver mais claro. Até lá, Neto decidiu acompanhar a queda de braço de longe e concentrar esforços para que os parlamentares do DEM e de siglas aliadas ao Palácio Thomé de Souza despejem todos os votos no nome escolhido.

Ação e reação
Integrantes da cúpula do PTN baiano apostam que o prefeito eleito de Belmonte, Jânio Natal, renunciará ao cargo para permanecer como deputado estadual. Caso a tendência se confirme, o rival de Jânio em outubro, Iedo Elias (PP), vai acionar a Justiça para tentar impedir a posse do vice, Janival Andrade, irmão de Jânio, sob argumento de estelionato eleitoral. Ao mesmo tempo, cresce a cobrança interna por uma posição do PTN, que está prestes a virar o Podemos. Teme-se que ele seja visto como o partido onde pode tudo.

Segue a seca
Subiu para 68 o número de municípios baianos com situação de emergência reconhecida pelo governo federal em decorrência de seca ou estiagem prolongada. Ontem, o Ministério da Integração Nacional da rede de auxílio da Defesa Civil    mais seis cidades com decretos de emergência homologados pelo governo do estado - Andorinha, Belo Campo, Chorrochó, Gavião, Monte Santo e Sebastião Laranjeiras. Outras quatro aguardam na fila: Cansanção, Ibotirama, Piritiba e Presidente Jânio Quadros.

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