O diretor da Associação Médica Brasileira José Luiz
Bonamigo afirmou que a ausência de sangue na roupa de Jair Bolsonaro assim que
o candidato à Presidência foi esfaqueado nesta quinta-feira (06) não é incomum
por conta da região em que o deputado foi atingido, onde ficam vasos sanguíneos
internos.
‘O fato de não ter sangrado exteriormente não é incomum
porque as artérias mais posteriores sangram para dentro da barriga, para a
cavidade ao redor do vaso’, explicou em entrevista à Jovem Pan.
Sangramentos como os que são exibidos em filmes e novelas
são causados por artérias superficiais – o que não foi o caso de Bolsonaro. ‘Os
sangramentos de cinema são de vasos mais superficiais. Na cavidade abdominal o
mais comum é o sangramento interno e não o que vemos na televisão’, disse.
Bonamigo afirmou que a lesão sofrida pelo deputado federal foi grave e, apesar do risco inicial ter sido superado pela cirurgia rápida, o pós-operatório pode apresentar complicações que precisem de mais operações.
‘A lesão na artéria pode causar obstrução da circulação,
uma trombose. Soma-se a isso que com a lesão no intestino, principalmente no
intestino grosso onde já tem fezes formadas, houve vazamento das fezes para a
cavidade abdominal fizeram forte reação inflamatória que vai gerar necessidade
de monitoramento próximo nos próximos dias’, falou.
Segundo a previsão do médico, Bolsonaro deve continuar na
UTI pelos próximos dias e deve permanecer hospitalizado por duas semanas. O
candidato à Presidência também não deve conseguir retomar a agenda no ritmo
intenso que estava fazendo.
Jovem Pan