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Bolsonaro acredita que ex-assessor tem plano para assassiná-lo

 (Foto: EVARISTO SA/AFP/Getty Images)


Em entrevista à revista Veja publicada nesta sexta-feira (20), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou acreditar que um de seus ex-assessores faz parte de um plano para assassiná-lo.

O presidente, que diz dormir com uma pistola carregada ao alcance das mãos e “outras arminhas que ficam guardadas por aí”, também diz não acreditar que o atentado a faca que sofreu durante a campanha eleitoral tenha sido simples obra do desequilíbrio mental do autor do crime. Na entrevista, ele é categórico ao anunciar: “Houve uma conspiração”.

No dia 6 de setembro de 2018, o capitão reformado estava em um evento de sua campanha eleitoral em Juiz de Fora, Minas Gerais, quando foi atingido por um golpe de faca no abdômen. Ele foi levado à Santa Casa da cidade e precisou passar por um cirurgia. O incidente alterou os rumos da campanha de Bolsonaro à presidência: ele ficou impedido de fazer campanha nas ruas e deixou de comparecer a eventos e debates.

O autor da facada é Adélio Bispo, que foi preso em flagrante pela Polícia Federal e declarou ter cometido o crime “a mando de Deus”. Após quebrarem os sigilos financeiro, telefônico e telemático dele, os responsáveis pela investigação do caso não encontraram nenhum indício de que Adélio agiu a mando de outra pessoa ou grupo. Em junho deste ano, ele foi declarado inimputável por transtorno mental após a realização de testes psiquiátricos.

No entanto, Bolsonaro segue convencido de que o atentado contra sua vida foi obra de um grupo que quer vê-lo morto. Agora, anunciou que o plano não foi feito somente por membros da oposição: um membro de sua equipe de campanha eleitoral também participaria da conspiração. O presidente não mencionou nenhum nome específico, mas deu “dicas” ao longo da entrevista:

“O meu sentimento é que esse atentado teve a mão de 70% da esquerda, 20% de quem estava do meu lado e 10% de outros interesses. Tinha uma pessoa do meu lado que queria ser vice. O cara detonava todas as pessoas com quem eu conversava. Liguei para convidar o Mourão às 5 da manhã do dia em que terminava o prazo de inscrição. Se ele não tivesse atendido, o vice seria essa pessoa. Depois disso, eu passei a valer alguns milhões deitado”, afirmou o presidente da República.



Bebianno foi exonerado do cargo em 18 de fevereiro, após a revelação de que o PSL, partido que presidiu, teria usado um esquema de candidaturas laranjas durante as eleições de 2018.

A declaração de Bolsonaro foi feita na mesma semana em que o Ministério Público do Rio de Janeiro afirmou ter indícios de que o senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), filho do presidente, lavou mais de R$ 600 mil em imóveis.



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