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Simulador de BBB na plataforma Roblox vira febre com 20 milhões de visitas; estudante de Senhor do Bonfim é um dos criadores

Foto: Redes Sociais

Não é só o BBB na televisão que está batendo recordes de audiência. Em tempos de pandemia, uma outra versão do reality está fazendo sucesso online: o Big Blox Brasil, criado por dois desenvolvedores brasileiros de 19 anos. Nesse simulador, até 16 jogadores passam pelas mesmas emoções do programa: provas de liderança, festas e os temidos paredões. Tanto os próprios participantes na “casa” quanto quem está do lado de fora (jogadores do próximo round) votam em quem querem eliminar.

Casa do BBB 20 foi recriada no Roblox. Jogadores atuam como brothers e sisters. Imagem: Reprodução/Big Blox Brasil

Cada um desses eventos não dura mais que um minuto e meio, então, em cerca de uma hora, algum jogador já é consagrado campeão. Outra diferença são as provas de liderança, muito mais emocionantes: o ambiente virtual permite disputas de parkour e destreza, que podem misturar, por exemplo, espadas, totens atirando bolas de fogo e plataformas caindo.

Um fenômeno dentro de outro fenômeno

O Big Blox Brasil não é uma novidade: João Lucas Dantas Ribeiro e Bartolomeu Aciole, da Interpixel Studios, criaram a primeira versão em 2017. Ainda na ativa, ela já acumulou quase 20 milhões de visitas e chegou a 3 mil jogadores simultâneos. A versão 2.0, de 2019, conta com 1,5 milhão de visitas e o recorde de 2 mil jogadores simultâneos. Ela saiu do radar do público no ano passado, mas foi descoberta e voltou a virar febre em 2021.

“Eu criei um grupo de eventos brasileiros. Dentre eles, o mais famoso era do Big Brother. Quando comecei a programar, com 16 anos, decidi que o primeiro jogo que iria fazer era do BBB”, afirma o estudante bonfinense João Lucas Dantas Ribeiro*, desenvolvedor.

O Big Blox Brasil deve seu nome à plataforma que João Lucas e Bartolomeu utilizaram para desenvolvê-lo (e que os participantes utilizam para jogar): o Roblox. Ao reunir recursos de criação e publicação no mesmo espaço, esse sistema se tornou um fenômeno – especialmente entre crianças e adolescentes. Em março, a Roblox Corporation foi avaliada em US$ 45 bilhões.

Um dos atrativos do Big Blox Brasil é o cenário, que reproduz as casas das edições de 2018, 2019 e 2020 do BBB televisivo. A cada ano, a qualidade da simulação foi melhorando. Para a de 2020, Bartolomeu aprendeu a usar o Blender, software de objetos 3D, e conseguiu um resultado mais detalhado.

“Eu não gostava muito de BBB. Ele [João Lucas] que me fez aproximar do BBB de uma maneira absurda, pois eu tinha que ver a casa de perto para pegar cada detalhe”, diz Bartolomeu Aciole, desenvolvedor.

Como o jogo funciona

Quem quiser hospedar um jogo fechado, só para os amigos, pode alugar um servidor privado, pago com Robux – a moeda virtual da plataforma Roblox, principal fonte de dinheiro para os desenvolvedores. Já nos servidores públicos, os jogadores que querem participar são dispostos em um lobby antes de entrarem na casa. Essa “sala de espera” imita a tradicional passarela com arquibancadas no programa global. Enquanto aguardam, eles podem acompanhar o jogo pela perspectiva dos participantes. E funcionam como o “público” do BBB da vida real: são eles que votam em quem será eliminado.

Dentro da casa, rolam muitos momentos de roleplay de BBB. As festas permitem um tempo livre para curtir e formar alianças. A combinação de votos rola até durante as provas. Depois da formação do paredão, alguns jogadores cobram os motivos do voto, gerando brigas. Ou seja, igual na atração da Globo!

O tempo também é cronometrado para a despedida do eliminado. Os jogadores simulam as famosas caminhadas até a porta e as frases clichês: “a gente se encontra lá fora” ou “foi uma experiência única”. Os que ficam, choram ou celebram a decisão. Há contas que interpretam participantes do BBB 21. Uma delas pertence a Victor Spitzner, 16, atuando como Pocah. Foi ele quem fez campanha no TikTok para atrair jogadores à versão 2.0 do Big Blox Brasil. Embora ela seja a mais atualizada e com mais recursos, o game original sempre teve mais participantes. “Foi algo natural. Não era minha intenção, mas eu não achava impossível, porque o jogo é muito bom”, comenta Victor.

*João Lucas Dantas Ribeiro, estudante de Mecatrônica, é filho de Ademilton Ribeiro, morador da Grande Gamboa, em Senhor do Bonfim*

Blog do Eloiton Cajhui com informações do UOL

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