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Caso Davi – “Três meses sem resposta. O que aconteceu com meu filho?”, pergunta angustiada a mãe do garoto que desapareceu há 90 dias

A fotografa Lilia Maria Lima, residente no Bairro do imbuí, em Salvador, enviou uma carta ao CN que torna público o sofrimento que ela vem passando desde que seu filho Davi Lima da Silva, 11 anos, desapareceu dia 28 de março (quinta-feira santa) no povoado Varginha, em Itiúba, município localizado no território do sisal.

Está completando três meses nesta segunda-feira, 28, do desaparecimento do pequeno Davi, e Lilia Lima disse ao CN que não tem nenhuma informação e quando procura as autoridades policiais sobre as apurações a respeito do caso, a única resposta é que vem ocorrendo em segredo, sem que a família possa ter quaisquer informações sobre as investigações.

Lilia disse que são 90 dias sem o sono tranquilo

Lilia relatou que quando Davi desapareceu ela estava trabalhando, fotografando uma gestante numa comunidade próximo da Varginha e ficou sabendo através de familiares, quando iniciou o desespero que parece não ter fim.

Chorando muito a mãe de Davi disse que sabe apenas o que lhe contaram, “que por volta das 17h30, Davi estava na casa da tia e madrinha Joelma Lima, atual presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, e teria dito às pessoas que estavam no terreiro da casa que ouvia vozes, e que o padrinho, esposo de Joelma, disse que não era nada, apenas impressão,” contou a fotógrafa,

“Minha mãe (Dona Terezinha), chamou Davi para ir para casa dela e seguiu pelo caminho e logo no início do trajeto Davi se adiantou rapidamente para o destino, deixando a entender que queria chagar mais rápido que a avó, ou seja, algo que não causava nenhuma preocupação à família, já que o menino conhece o trajeto, mas o inesperado aconteceu, Davi não chegou em casa e nem foi mais visto em lugar nenhum.

Dois dias após o desaparecimento de Davi, o CN esteve na comunidade e ouviu de Terezinha Maria Lima, avó materna, este mesmo relato. Ela contou que ao perceber que Davi não havia chegado em casa, perguntou ao vizinho Jonas José e ele disse que viu o garoto subindo uma serra, cujo acesso é do lado de sua casa. No mesmo dia, houve grande mobilização da população local para tentar localizar Davi, mas sem êxito.

O fato foi registrado na delegacia da cidade no dia seguinte e iniciaram as buscas através dos bombeiros militares com auxílio de cães, helicóptero e drones, mobilização que permaneceu por 30 dias, sem nenhuma pista. “Populares e caçadores que conhecem a área auxiliaram a vasculhar as serras que são bastante vastas e todos os esforços até agora não lograram qualquer êxito no sentido de dar ao menos uma pista que pudesse explicar o que teria acontecido com meu filho Davi. Já se passaram 90 dias sem respostas, até agora nenhuma informação que levassem a solução do caso”, lamentou Lilia Lima.

Uma força tarefa foi montada nas primeiras semanas, mas nenhuma pista

Lilia disse que neste período já esteve na Defensoria Publica, com a delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Campos Brito, delegada Rogéria Araújo, responsável pelo Departamento de Polícia do Interior (Depin) por duas vezes e a resposta é que polícia civil segue investigando o caso, porém, em sigilo e “isto tem aumentado o meu sofrimento e o do pai dele. Até agora, não nos foi passada nenhuma informação sobre o que foi investigado, se pessoas foram ouvidas, se há alguma prova material que tenha levado ao adiamento da conclusão das investigações”, disse Lilia.

“Diante dos fatos, apelo para a solidariedade das pessoas que possam ter algum meio para nos ajudar a obter informações no sentido de trazer um conforto e que o nosso Davi não seja mais um registro estatístico dentre milhares de desaparecidos. Quero saber qual a linha de investigação está sendo seguida, se estão tratando o caso como desaparecimento apenas, ou desaparecimento por sequestro ou até mesmo, que Deus que não permita, mas um assassinato. Precisamos de respostas. Respeitamos o trabalho policial e seus prazos para conclusão do inquérito, mas para um conforto emocional em meio a uma dor implacável que não dorme, nem descansa, que não aceita negociação de prazos, rogo uma resposta ao menos a nossas dúvidas”, concluiu Lilia Lima.

Ele pediu ao CN que publicasse seu contato telefônico, mas que a pessoas entendesse sua dor e não passe trote. Lilia Maria Lima 71 99363-0623.

Calila Notícias 

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