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De 'bomba' de gengibre a meteoro: As vezes em que os baianos acharam que iam morrer

 

Foto: Reprodução/Leitor/BN

Os baianos tremeram na base com a notícia sobre a possibilidade de um vulcão entrar em erupção na costa da África e causar um tsunami por aqui. Mas essa não foi a primeira vez que as pessoas daqui "acharam que iam morrer" ou cogitaram montar planos para fugir para as colinas.

 

Os episódios incluem fenômenos naturais, como terremotos e nuvens assustadoras no céu; clarões que transformaram a noite em dia por alguns segundos; meteoros; supostas ameaças terroristas e até aparições de criaturas mitológicas. Confira alguns:

 

'TSUNAMI', MAS QUE ERA CICLONE

O ator Thiago Marinho até já deu uma demonstração das reações dos baianos caso um tsunami realmente atingisse a costa do estado. Em 2017 ele gravou um vídeo que fez sucesso na internet onde narrava a mudança de tempo com nuvens carregadas no céu soteropolitano e ventos fortes. Nas imagens, o ator aparece ao lado de alguns amigos no terraço no Espaço de Cinema Glauber Rocha, no Centro Histórico. “Tô aqui no Glauber Rocha e o vento está levando a gente. Um tsunami. Disseram que ia ser no Réveillon e chegou mais cedo”, disse ele em um trecho do relato trazido no vídeo. Ele acrescenta ainda que na ocasião o céu estava “black".

 

Na época desse episódio a Marinha do Brasil emitiu alertas sobre mau tempo para as áreas marítimas e litorâneas adjacentes à costa baiana. Na ocasião, por meio do Centro de Hidrografia da Marinha (CHM), a instituição informou sobre a formação de um ciclone subtropical sobre o mar próximo ao litoral do Espírito Santo e sul da Bahia. A intensidade dos ventos associados a esse ciclone o caracterizou como Tempestade Subtropical, tendo sido nomeada Guará.

 

Naquele fatídico dia, houve registro de chuva, trovões, raios e a cobertura de um posto de combustíveis no bairro da Mata Escura chegou a ser derrubada pelos fortes ventos que atingiram a capital.

 

No perfil de Thiago no Facebook, o vídeo publicado em 10 de dezembro de 2017 soma  mais de 300 mil visualizações, 3,6 mil compartilhamentos e mais de três mil reações. Assista aqui

 

CUMULUS NIMBUS

Em março de 2020 os moradores dos territórios de identidade do Portal do Sertão e do Sisal ficaram surpresos com uma formação de nuvens que apareceu no céu. O fenômeno chamou a atenção pelo formato de bigorna e pela coloração diferente. Na época, o Bahia Notícias entrou em contato com o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), que explicou que se tratava de uma formação de nuvem denominada “cumulus nimbus”. A explicação para a aparição era uma zona de baixa pressão e instabilidade atmosférica, com uma corrente ascendente de ar que transportou a umidade da superfície para altos níveis atmosféricos e, posteriormente, essa umidade se condensou devido à diminuição da temperatura.

 

Foto: Reprodução/Leitor/BN

METEOROS

Já nos primeiros dias, o ano de 2021 começou a surpreender os baianos. Moradores de diversas cidades do estado, como Brumado, Dom Basílio, Carinhanha e Livramento de Nossa Senhora relataram susto com um estrondo, por volta das 16h de um sábado.

 

A explicação veio mais tarde, com a informação da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon) de que se tratou de um meteoro. O fenômeno foi detectado através do instrumento GLM (Geostationary Lightning Mapper), que tem como finalidade o mapeamento das descargas elétricas ocorridas na atmosfera.

 

A passagem do meteoro foi captada por umas câmera a cerca de 150 km de distância. Veja o vídeo:

 


Mas essa não foi a única vez. Já tinha acontecido antes. Em julho do ano passado, um meteoro brilhante foi visto em alguns pontos do céu aqui na Bahia, no Ceará, em Pernambuco e na Paraíba. Daquela vez também foi a Bramon que confirmou o fenômeno e compartilhou um vídeo onde foi possível ver o meteoro aparecendo no céu de Curaçá, no Sertão do São Francisco, e em Várzea Nova, no Piemonte da Diamantina. 

 

Também aconteceu em outubro de 2020. Moradores relataram clarões nos céus de cidades como Ipirá, na Bacia do Jacuípe; Itaberaba, no Piemonte do Paraguaçu; Ituberá, no Baixo Sul baiano. Os sinais seriam de um meteoro.

 

Câmeras registraram o ocorrido em Ipirá e Itaberaba. Segundo a Bramon, o fenômeno teve uma trajetória predominante de leste para oeste. Em Taperoá, a "bola de fogo" teria ocorrido a 54 quilômetros acima do solo.

 

CLARÃO NO CÉU

Em fevereiro de 2018 diversos moradores de Salvador viram um forte clarão surgir no céu por volta das 22h30 de uma terça-feira. Os relatos ocorreram em bairros como Pituba, Brotas, Imbuí e Stiep, além de áreas da Região Metropolitana de Salvador, como Lauro de Freitas e Guarajuba. Até mesmo comentários em Itaberaba, na Chapada Diamantina, e Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo, foram identificados.

 

Diversas teorias sobre o "clarão" surgiram na época. Algumas pessoas pensaram se tratar de um trovão; outras falavam em fogos de artifício; um avião pegando fogo e até um meteoro que teria caído no Litoral Norte. Dessa vez, também foi a Bramon que explicou o caso, mas não se tratava de um meteoro: o órgão havia previsto para aquela noite a queda de destroços de um foguete russo.

 

Um vídeo feito por uma câmera de segurança instalada em Itapuã, na orla de Salvador, registrou o momento. Veja aqui

 

AMEAÇA TERRORISTA COM BALAS DE GENGIBRE

Em um domingo de julho de 2016 os baianos passaram por horas de aflição quando um candidato à prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ameaçou explodir uma bomba no Centro Universitário Jorge Amado (Unijorge), em Salvador. Depois de cerca de quatro horas tensas e de negociações, se constatou que Frank Oliveira da Costa na verdade não tinha explosivos, mas balas de gengibre presas ao corpo. O grupo antibomba da Polícia Federal chegou a ser acionado e esteve no local.

 

Apesar de ter acabado “bem”, sem feridos ou maiores estragos, a situação causou pânico, correria e empurra-empurra. Na época, os relatos de candidatos incluíram histórias sobre pessoas pisoteadas, pertences deixados para trás e perdidos, além de gente tentando se esconder no condomínio residencial ao lado do prédio da faculdade. Porém, antes da descoberta das balas, teve gente que chegou a jurar que tinha visto a fumaça da explosão.

 

TERREMOTOS

Também no ano passado, quando todo mundo achava que a pandemia da Covid-19 já tinha acabado com a cota de apreensão e preocupação, diversas cidades do Recôncavo baiano, Baixo Sul e Vale do Jiquiriçá registraram um tremor de terra no começo da manhã de um domingo de agosto.

 

O fenômeno ocorreu por volta das 7h45 e foi percebido em Amargosa, Conceição do Almeida, Santo Antônio de Jesus, Varzedo, Muritiba, São Miguel das Matas, Laje, Nazaré, Cruz das Almas, São Felipe, Jaguaquara, Valença, Presidente Tancredo Neves, Gandu e Itatim.

 

Só em Amargosa, moradores disseram perceber o incidente em três momentos. As informações foram passadas ao Bahia Notícias pela Defesa Civil do Estado (Sudec). Alguns relatos incluíram telhas no chão, produtos que caíram de prateleiras em supermercado, paredes rachadas, entre outros.

 

Foto: Reprodução/Sudec

CRIATURA MITOLÓGICA

Moradores da Ilha de Itaparica tiveram noites aterrorizantes após imagens de uma criatura não identificada rondando pelas ruas do local circularem em grupos de mensagens. Foi em março deste ano e, na época, os relatos das pessoas da localidade eram de medo, e incluíam afirmações de que se tratava de um ser mitológico ou folclórico.

 

"Está todo mundo falando sobre isso, os grupos do 'zap' e 'face'", explicou Marise, dona de um restaurante em Itaparica. "Eu acredito que é algum besta tentando assustar as pessoas", opinou Gerusa, residente do local.

 

Uma das versões apontadas pelos compartilhadores da história nos grupos de WhatsApps era de que a "besta" se tratava de uma pessoa fantasiada em uma tentativa de assustar os moradores. Contudo, nenhuma das delegacias da região reconhecia a versão.

 

As aparições foram fotografadas e um especialista em edição de imagem garantiu que não havia indícios de manipulação digital nos supostos registros.

 

Foto: Reprodução


Bahia Notícias

 

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