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Na Bahia, pacientes enfrentam dificuldades para conseguir vagas em hospitais através da regulação

Foto: TV Bahia


Pacientes do sistema público de saúde da Bahia têm relatado dificuldades para conseguir transferências para hospitais do estado.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde da Bahia (Sesab), o tempo médio de espera na regulação é de até 72 horas, mas segundo a pasta, esse tempo pode ser maior pela falta de recursos, e ausência de médicos especialistas.

A cirurgia cardíaca pediátrica, por exemplo, só é realizada em quatro hospitais do estado. Três em Salvador e um em Feira de Santana. Em casos de doenças hemato-oncológicas, apenas três hospitais em Salvador realizam o tratamento.

A situação de alguns pacientes pode ser ainda pior. Milena Dourado Ferreira tem acompanhado de perto, há cerca de um mês e 20 dias, a situação do pai, Gilmar Ferreira, de 44 anos, internado por conta de uma úlcera provocada pela diabetes no quarto dedo do pé esquerdo. Ele aguarda uma vaga em um hospital. Segundo a filha, a demora tem causado mais problemas à saúde do pai.

“O emocional dele está muito abalado por conta dessa demora, vendo as pessoas saindo, chegando, morrendo. Ele não tinha problema de pressão [arterial] e agora tem. E a vontade dele é que tudo isso acabe e que ele vá para casa viver a vida normal dele”, disse Milena Dourado Ferreira.

De acordo com a família, Gilmar precisa ser transferido para um hospital porque além da amputação no dedo, ele precisa de uma cirurgia vascular.

“O problema dele agora envolveu as artérias e faz com que ele corra risco de morrer ou até comprometer outros membros”, disse Milena.

Já a família de Dona Valdete, de 64 anos, também aguarda pela regulação da idosa. Ela se encontra internada na sala vermelha da UPA de Santo Inácio, em Salvador, após um AVC. Segundo familiares, ela está sem movimentos e fala poucas palavras.

“A médica já nos passou que a UPA não tem estrutura nenhuma para que ela fique internada. Já tem pacientes há mais de 15 dias, imagine minha mãe com um caso grave, que é um AVC e suspeita de infarto. Os médicos já nos informaram que não tem condições dela seguir internada na UPA”, desabafou uma das filhas da idosa.

A Sesab informou que a Central de Regulação está em busca de unidades que atendam o perfil dos pacientes que estão à espera de transferência.

G1/BA

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