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Nova onda de Covid na Europa e Ásia deve servir de alerta ao Brasil, diz Fiocruz


Um boletim divulgado nesta sexta-feira (12) pela Fiocruz destaca que a nova onda de Covid na Europa e na Ásia deve servir de alerta ao Brasil. A Europa é o epicentro da doença.

A pandemia voltou a preocupar autoridades e a população em vários países da Europa. Em nenhum outro lugar do mundo há tantas mortes pela Covid neste momento quanto no Velho Continente. São quase 3,7 mil óbitos por dia. Nos últimos três meses, o número disparou em mais de 20 países do bloco.

As exceções são Portugal e Espanha, onde a cobertura vacinal é de, no mínimo, 80% da população, bem acima da média geral da Europa, que é de 56%, e também a França, onde 68% da população já se vacinaram e o número de mortes caiu pela metade em três meses.

Na Rússia, onde apenas 34% da população foram vacinados até agora, a média diária de mortes deu um salto. São mais de 1.170 óbitos por dia, um crescimento de 53% de agosto para cá.

Na Holanda, o número de novos casos bateu recorde pelo segundo dia seguido. Nesta sexta, foram mais de 16 mil. E o país vai impor lockdown parcial a partir deste sábado (13). Durante três semanas, bares, restaurantes e lojas irão fechar às 20h. Eventos esportivos serão sem público e as pessoas não devem receber mais do que quatro pessoas em casa.

Dos dez países com mais mortes pela Covid neste momento na Europa, oito têm taxas de vacinação abaixo de 60% da população. Especialistas entendem que os acontecimentos na Europa devem inspirar ações de prevenção no Brasil.

A taxa de cobertura vacinal por aqui se aproxima dos 60%.

A nova onda de Covid na Europa e na Ásia é o assunto do boletim da Fiocruz divulgado nesta sexta-feira (12). A fundação alerta para o risco de o número de casos voltar a subir no Brasil, com a temporada de festas e férias, quando há maior circulação de pessoas em diversos ambientes.

Os cientistas reforçaram a importância da cobertura vacinal, sem descuidar de outras medidas de proteção, como o uso de máscara. A infectologista e ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações Carla Domingues lembrou que, desde o início da pandemia, ondas de contágio registradas primeiro em outros países acabaram acontecendo também no Brasil.

“Estamos em torno de três meses de defasagem do tempo da pandemia da Europa e dos Estados Unidos. Então temos que pegar as lições aprendidas desses países e não cometer os mesmos erros. Nós sim podemos abrir o comércio, festividades, mas temos que ainda manter a utilização de máscaras. Nesse momento agora da dose de reforço, garantir que pelo menos os idosos e as pessoas imunocomprometidas tenham essa vacinação”, afirma.

O ex-ministro da Saúde e sanitarista José Gomes Temporão ressalta a importância do avanço da vacinação no Brasil.

“A população brasileira aderiu de maneira entusiasmada à vacina, é uma marca brasileira. Mas isso coloca para nós uma reflexão. Temos que manter uma série de iniciativas que são fundamentais para que continuemos a enfrentar com qualidade essa situação”, diz.

G1

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