Foto: Reprodução |
Uma ação que pedia a prisão do jornalista William Bonner,
da TV Globo, por incentivar a vacinação contra a covid-19 em crianças e
adolescentes foi rejeitada neste domingo (16) pelo Tribunal de Justiça do
Distrito Federal. O autor do processo, Wilson Issao Koressawa, acusa Bonner de
participar de uma suposta organização criminosa, composta por outros
profissionais da emissora, para falar sobre os impactos positivos da vacina no
combate à pandemia. Koressawa ainda afirmou, sem provas, que o apresentador do
Jornal Nacional comete os crimes de indução de pessoas ao suicídio, de causar
epidemia e de “envenenar água potável, de uso comum ou particular, ou
substância alimentícia ou medicinal destinada a consumo”. E pediu que Bonner
fosse proibido de “incentivar a vacinação obrigatória de crianças e
adolescentes e a exigência de passaporte sanitário”. A juíza Gláucia Falsarella
Pereira Foley classificou a ação como descabida, afirmando que a iniciativa se
assemelha a panfletagem política ao reproduzir teorias conspiratórias sem
qualquer lastro científico e jurídico. “O poder Judiciário não pode afagar
delírios negacionistas, reproduzidos pela conivência ativa —quando não
incendiados— por parte das instituições, sejam elas públicas ou não”, diz a
magistrada.
Por Correio24horas