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Novo ataque de cães a rebanho em Quixabeira reacende alerta sobre falta de controle e fiscalização

 

Mais um ataque de cães a rebanhos foi registrado no município de Quixabeira, reacendendo o alerta para um problema antigo, mas que segue sem solução efetiva. Na madrugada desta terça-feira (06), pelo menos sete ovinos e caprinos foram mortos e outros três ficaram feridos após cães atacarem uma propriedade na região da Várzea da Peia, no perímetro urbano da cidade.

Relatos como esse têm se tornado cada vez mais frequentes em toda a região. Produtores rurais, já afetados por dificuldades econômicas, sofrem prejuízos recorrentes com a perda de animais — muitas vezes, fonte principal de sustento de famílias inteiras. A situação tem gerado indignação e clamor por toda a região, que cobra ações concretas do poder público.

A demanda por campanhas permanentes de controle de zoonoses, como a castração gratuita de animais, e por uma fiscalização rigorosa sobre criadores e donos de cães, é uma pauta antiga. Apesar disso, o problema persiste por falta de organização social, ausência de políticas públicas eficazes e, muitas vezes, da negligência de tutores que deixam os animais soltos nas ruas.

Recentemente, o presidente do Consórcio Jacuípe, Sivaldo Rios, chegou a se reunir com representantes do governo do Estado com o intuito de elaborar um projeto voltado ao controle de animais soltos, mas como é de conhecimento geral, propostas desse tipo demandam tempo, planejamento e cooperação das esferas municipais e estaduais — além da consciência coletiva da população.

Diante do agravamento da situação, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) lançou uma campanha solicitando que os produtores que tenham suas propriedades atacadas registrem queixa formal junto ao órgão, classificando os episódios como “ataques de cães errantes”. A medida visa reunir dados para fundamentar ações emergenciais em parceria com as prefeituras locais.

Além disso, vale destacar que a legislação brasileira responsabiliza os tutores de animais por danos causados a terceiros. Segundo o Código Civil (Lei nº 10.406/2002, Art. 936):

“O dono, ou detentor, de animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior.”

Isso significa que, mesmo em casos onde os cães estejam soltos, o responsável legal pelo animal pode responder judicialmente por prejuízos materiais, além de possíveis implicações penais em situações mais graves.

Diante do cenário atual, é urgente que o poder público intensifique campanhas de conscientização, ofereça serviços de castração acessível e fortaleça a fiscalização, ao passo que os cidadãos também precisam assumir sua responsabilidade como tutores. A omissão, tanto estatal quanto individual, contribui para a continuidade de um problema que afeta não apenas o campo, mas toda a sociedade.

Fonte: Fr Notícias

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