Os roteadores são
presença quase certa em casas, escritórios e lojas. Apesar das configurações de
segurança, os aparelhos podem ficar vulneráveis, oferecendo brechas para que
criminosos acessem dados e arquivos sensíveis na rede. Recentemente, foram
descobertas falhas em aparelhos do tipo, permitindo o acesso remoto de
terceiros à rede Wi-Fi.
Para garantir que
suas informações fiquem longe de hackers, veja a seguir dicas para proteger seu
roteador e saiba quais dados podem ficar em risco com as vulnerabilidades.
Falhas em roteadores populares
Todos os
anos, falhas em roteadores de fabricantes conhecidas no mercado são reveladas
por pesquisadores e empresas de segurança. Em maio de 2018, o modelo TL-WR740N,
da TP-Link, teve mais de 185 mil aparelhos afetados com uma brecha de
nível crítico no firmware. O problema permitia executar códigos maliciosos
remotamente, sem que o hacker precisasse se aproximar do equipamento.
Aparelhos
distribuídos pela Oi também tiveram falhas de segurança reveladas
em cinco mil roteadores da Datacom. Semelhante ao problema da TP-Link,
criminosos conseguiam controlar o aparelho de forma remota sem precisar inserir
a senha do equipamento. Ou seja, mesmo que fosse um código forte, o hacker
teria acesso aos dados da rede.
Outro
caso foi com roteadores da Netgear, também expostos ao controle da
rede e teve a facilidade em quebrar a segurança do aparelho apontada por
especialistas. Além disso, modelos da Asus, D-Link e TrendNet
receberem indicações de pesquisadores internacionais sobre vulnerabilidades.
Quais dados ficam em risco?
Com as
falhas no firmware, nas configurações de criptografia e na atualização dos
aparelhos mais recentes, qualquer usuário que utilize uma rede vulnerável
coloca dados e arquivos em risco. Caso um hacker acesse o roteador, é possível
que ele encontre documentos e senhas nos dispositivos conectados, além de
controlar toda a rede Wi-Fi.
Em
equipamentos que oferecem portas USB para conectar HDs externos ou pen drives,
o risco pode ser ainda maior. Ligados diretamente no roteador, os dispositivos
de armazenamento podem ser facilmente acessados por criminosos ao aproveitar
uma vulnerabilidade do aparelho.
O que fazer para se proteger?
1. Senhas
fortes e atualizadas
A
primeira coisa a se fazer ao começar a usar um roteador novo é alterar a senha
padrão que vem de fábrica com o aparelho. Depois desse processo, é essencial
configurar um código de segurança forte, de preferência sem relação com datas
de aniversário ou sobrenomes, incluindo letras, números e caracteres especiais
quando possível.
O Google
Chrome oferece uma função para ajudar usuários no desenvolvimento do
código. Além disso, geradores de senha online auxiliam na criação de
sequências complexas que podem ser utilizadas em roteadores. Os caracteres de
acesso devem ser trocados após alguns meses de uso, para sempre reforçar a
segurança do aparelho.
2.
Atualização dos equipamentos
A maior
parte das vulnerabilidades é identificada em aparelhos recém lançados. Após a
identificação dos problemas, as fabricantes costumam liberar atualizações de
segurança do firmware para que usuários mantenham os equipamentos seguros.
Em alguns
modelos, é possível configurar a atualização automática do equipamento. Caso
não tenha a opção, o recurso pode ser habilitado a partir de um botão no
roteador, ou baixando o software no site da fabricante.
3.
Criptografia WPA2
Os roteadores
trabalham com diversas formas de criptografia. A mais recente, disponível em
aparelhos novos, é a WPA2. A configuração é a evolução da WPA e da WEP,
mais antigas, que podem apresentar vulnerabilidades ao longo do tempo. O ideal
é procurar por aparelhos que apresentem a especificação de segurança.
4.
Gerenciamento do roteador
Muitas
vezes o usuário não consegue controlar quem já usou ou está usando a rede
Wi-Fi. Para isso, algumas fabricantes oferecem aplicativos e sites, como
o Tether, da TP-Link, para controlar o acesso ao roteador. Ao perceber
alguma manifestação suspeita, é aconselhável entrar no gerenciamento para
observar se há invasores.
5.
Desligue em períodos longos
Quanto
mais conectados, mais vulneráveis aos ataques. Assim, ao ficar fora de casa por
longos períodos – como durante as férias, por exemplo –, o ideal é desligar o
roteador. Dessa forma, hackers não podem invadir a rede e capturar dados.
6.
Antivírus sempre configurado
A última
dica – mas não menos importante – é ter um antivírus nos dispositivos
conectados, sejam computadores, celulares ou tablets. Com os softwares,
qualquer acesso suspeito é detectado e removido da rede antes que infecte algum
arquivo. Principalmente para usuários que utilizam roteadores públicos, de
restaurantes ou lojas, a configuração é essencial para a segurança.