Os professores da Universidade do
Estado da Bahia (UNEB) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. A
decisão foi tomada em assembleia geral que aconteceu na última quinta-feira
(04), no Teatro da instituição, no bairro Cabula, em Salvador. Foram 141 votos
a favor da greve. De acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF), sobre
legalidade do movimento grevista, após a aprovação são necessárias 72 horas
para o início da greve.
Os professores reivindicam reajuste
salarial; direitos trabalhistas; repasse integral do orçamento previsto para as
universidades públicas do estado; autonomia da instituição; dentre outros. O
movimento estudantil também marcou presença na assembleia e apoiou a
deflagração da greve, defendendo a luta conjunta nas pautas que unem as duas
categorias.
A diretora do Departamento de
Educação (DEDC), Campus VII da UNEB, Suzzana Alice Lima, destacou que é um
momento legítimo e legal da classe trabalhadora. “Há tempos a categoria docente
sofre perdas, e vem reivindicando, tentando negociação com o governo do
estado”, afirmou Suzzana.
A diretora frisou ainda que “Em uma
greve sempre há prejuízos, embora pareça contraditório, é também nesse momento,
através da luta, que muitos direitos são conquistados e garantidos. Por isso, é
importante que toda a comunidade interna (estudantes e técnicos) também exponha
suas próprias pautas para que todas as categorias se juntem para defender a
UNEB e a universidade pública”.
Além da UNEB, a Universidade
Estadual de Feira de Santana (UEFS) e a Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia (UESB) também decidiram pela deflagração da greve. Enquanto que, os
docentes da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) votaram pela manutenção
do estado de greve, e voltam a se reunir em assembleia na próxima quarta-feira
(10) para discutir novamente a deflagração da greve.
Lorena Simas
Coordenadora do Núcleo de Assessoria de
Comunicação (NAC-DEDC/ UNEB)
Foto: ADUNEB