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Produtores de ovos de Páscoa caseiros tentam driblar crise, mas vendas caem até 50%

Foto: Leitor VN


A época da Páscoa é sempre aproveitada por pequenos produtores para conseguir uma renda extra no mês com a fabricação de ovos de chocolate caseiros. O festejo, que este ano será comemorado no dia 12 de abril, domingo, vai ter um gosto amargo para boa parte dos comerciantes. Isto por causa da pandemia do novo coronavírus, a maior parte do comércio segue fechada como medidas de prevenção para evitar o contágio da doença.

Com a demanda em baixa, Márcia Correia, de 51 anos, optou por não aumentar a produção este ano. “Vendo ovos de páscoa há quatro anos. Além de vender sob encomendas, eu costumo montar uma mini tenda no bairro de Cosme de Farias, para aumentar as vendas e encomendas. Porém, esse ano devido a pandemia não vou montar, para evitar aglomeração e exposição. Evitei fazer estoque como nos outros anos, para evitar prejuízos”, conta em entrevista ao Varela Notícias.

“O que está me ajudando é já ter estoque de algumas matérias primas, porque trabalho com todos os tipos de doces, então não posso ficar sem material. Mas este ano a Páscoa não está sendo como eu esperava, as encomendas caíram muito. Neste mesmo período do ano passado já tinha vendido cerca de 80 ovos, já este ano as vendas reduziram em mais de 50%, não se compara aos outros anos “, diz.


Foto: arquivo pessoal

O mesmo problema atinge Crislane Freitas, de 25 anos, que está preocupada em sofrer prejuízos caso não consiga repor o valor que foi gasto com a produção dos ovos.

“Esse ano eu estava apostando em uma demanda grande, é meu segundo ano de produção. Busquei inovar e criar novos sabores, apostando em boas vendas e como estou há dois anos desempregada foi onde depositei minhas esperanças. Mas as vendas estão muito baixas o que já me preocupa, pois preciso cobrir o que foi gasto”, desabafa.

A vendedora ainda optou por realizar sorteios nas redes sociais, além de apostar na opção delivery para entrega dos ovos. “Para divulgar meus ovos, fiz um Instagram e estou com uma parceria na realização de um sorteio. Optei também pela entrega a domicílio, sem taxa abusiva cobrando apenas o valor do transporte”, finaliza.
Foto: arquivo pessoal
 Outro lado

Tem ainda quem consiga uma boa quantidade de vendas, como é o caso de Felipe Oliveira, de 21 anos, que optou por levar as entregas até o cliente, além da higienização dos produtos antes e durante os envios.

“Até o momento já vendi cerca de 160 ovos, e com as divulgações de amigos nas redes sociais espero bater uma meta de 200 ovos vendidos. Este ano optei por levar a entrega até o cliente, além disso tive que redobrar a higienização com o uso de luvas, álcool em gel e touca”, explica ao VN.

*Sob supervisão da jornalista Paloma Teixeira

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