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Foto: Reprodução |
A empresa de biociência e
genética, Colossal, anunciou o investimento de US$ 15 milhões (R$ 78 milhões na
cotação atual) para tentar dar vida ao mamute-lanoso no qual já foi extinto há
mais de 10 mil anos. A companhia informou nesta segunda-feira (13) que não
pretende fazer cópias exatas do animal, mas que pode adaptá-lo com o DNA de
elefantes asiáticos.
"Embora o mamute-lanoso
não esteja vivo andando pelas tundra, o código genético do animal está quase
100% vivo nos elefantes asiáticos de hoje. Precisamente, os dois mamíferos
compartilham uma composição de DNA 99,6% semelhante", defendem os
cientistas.
Segundo a Colossal, o
“retorno” dos mamutes pode ajudar a combater o avanço das mudanças climáticas
trazendo de volta a vegetação original das tundras, bioma típico de regiões
bastante frias como Sibéria e norte do Canadá, que mais se assemelham a um
pasto, do que o que é atualmente, coberto por musgos.
O mamute-lanoso modificado
poderia “dar nova vida às pradarias do Ártico”, que, de acordo com a empresa,
capturam dióxido de carbono e eliminam metano, dois gases do efeito estufa.
Repercussão
A empresa de biotecnologia
conseguiu levantar US$ 15 milhões em fundos privados para alcançar seu
objetivo, recebido com desconfiança por alguns especialistas. “Muitos problemas
surgirão desse processo”, antecipou a bióloga Beth Shapiro ao New York Times.
“Isso não é uma desextinção.
Nunca mais haverá mamutes na Terra. Se funcionar, será um elefante quimérico,
um organismo totalmente novo, sintético e geneticamente modificado”, tuitou
Tori Herridge, bióloga e paleontóloga do Museu de História Natural de Londres.
Fonte: BPMoney